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Starry Night, Vincent Van Gogh

MOMA - Museu de Arte Moderna, New York

 

Aplicativo Petros Vrellis sobre o quadro Starry Night - Vincent Van Gogh


1ª atividade do Diário

 

Como eu não estava nas duas primeiras aulas (devido ao gesso no pé), em que, provavelmente foi discutida a proposta de reflexão, fui pesquisar pelo nome de Petros Vrellis e seu aplicativo na web (https://www.youtube.com/watch?v=pCHFAsXYHGA)

 

Fiquei gratamente surpresa com o aplicativo, maravilhada com a possibilidade de tocar o intocável, de participar, de dar um toque pessoal e por curiosidade naquele ícone. Admiro o quadro Starry Night, de Van Gogh, há tanto tempo e tive a oportunidade de vê-la pessoalmente, admirar suas cores e pinceladas só recentemente. Com isso quero dizer que, a obra, salvo exceções, está presente no museu e sempre esteve/estará distante. Atualmente, além de poder me aproximar dela via web, de uma forma que somente a tecnologia permite, agora tornou-se possível modificá-la conforme o movimento dos meus dedos.

 

Vi com muita alegria, na posição de usuária/artista/professora/educadora de arte que exista um mecanismo como esse disponível em rede para que se possa utilizar na sensibilização e nos trabalhos estimuladores para a exploração e produção de arte.

Minha visão pode ser até ingênua acerca da dicotomia mídia analógica fechada versus mídia digital interativa, em razão de que sustento que esse tipo de ferramenta só contribui no sentido de aproximar ainda mais o espectador, isto é, o público de arte, da obra objeto no aplicativo, permitindo contato aprofundado, como se “brincasse de autor” na interação com o quadro.

Acerca da reflexão proposta autoria/apropriação e originalidade/cópia, penso que podem surgir complicadores, especialmente nas relações comerciais, de direito autoral e de propriedade de obras, no mundo capitalista em que vivemos, os quais poderiam inviabilizar softwares sobre determinadas obras/autores.

 

Fronteiras do Pensamento - 2013

Manuel Castells

 

2ª atividade do Diário

Reflexões Coletivas – Manuel Castells – Poder e Contrapoder

 

Sobre o fragmento do video de Manuel Castells, Poder e Contrapoder, confesso que não é assim tão fácil simplificar as ideias para colocar no papel algumas conclusões acerca do tema. Primeiro porque a reflexão dele, na sua simplicidade de palavras, é extremamente profunda, visto que se aplica a todas as relações que conhecemos. Segundo, porque falar de poder e de educação é muito difícil para mim, porque sou da geração pós 1964 no Brasil e tive absolutamente toda a minha educação forjada nos moldes da ditadura militar – sendo que disso foram meus modelos (a serem – ou não seguidos); como dizia Machado de Assis em Dom Casmurro: “dessa terra e desse estrume é que nasceu esta flor”.

De acordo com Castells, “Poder é a capacidade de impor a vontade sobre as outras pessoas” e, a partir desse conceito, existe nas famílias, nas empresas, nas escolas, em tribos, governos e países e, segundo essa mesma reflexão, é essencial e nunca absoluto.

Concordo com ele que, felizmente, não conhecemos apenas o poder vertical e que onde existe poder – seja de que natureza for – existirá contrapoder. Quando vejo o debate sobre o poder e seus focos, sempre lembro de uma letra de música dos Secos & Molhados (...)“no centro da própria engrenagem, inventa a contramola que resiste!”

Essa dinâmica se estabelece e que ele expõe a seguir é que acaba por ser o título da palestra (do video), porquanto “Nunca é o fim da história”: cada vez que o contrapoder se converte em poder, começa a ser opressivo com os demais e volta o cenário de poder x resistência a este poder.

 

Ele compara, por fim, os Movimentos Sociais e o contrapoder a ondas no mar e seu constante choque nas pedras da praia, batendo, mudando as configurações. Creio que esse é o cerne: esse movimento lento, invisível, é o que me move e me faz pensar o quanto vale a pena trabalhar em corações e mentes, buscando sensibilizar através da arte e do estímulo, dando ferramentas aos alunos/as para conhecer e incidir sobre o mundo.

 

3ª atividade do Diário

 

DISCUSSÃO SOBRE O VIDEO "NOAH"

Válido como presença nos dias 9 e 16 de outubro.

Incorpore sua reflexão ao diário.

 

Assista ao video Noah postado na pasta do laboratório.

 

O curta-metragem Noah foi premiado no TIFF 2013 - Festival Internacional de Cinema de Toronto – (Toronto International Film Festival). Ele foi dirigido por dois jovens estudantes canadenses, Walter Woodman e Patrick Cedeberg, e produzido apenas com webcam e celulares.

 

Cristina Feio de Lemos - Turma C

Assisti ao curta-metragem sem esperar que fosse algo além de uma profusão de imagens geradas por jovens adolescentes e fiquei gratamente surpresa. Muito interessante a forma como foi dirigido, colocando nossos olhos numa dinâmica com a câmera. Em poucos minutos, passamos a acompanhar o rápido raciocínio do personagem NOAH, sua ansiedade por respostas e sua agilidade. Dentre as diversas respostas que poderia obter de sua namorada acerca da conversa que estavam tendo via Skype, ele escolhe ávida e rapidamente vasculhar o perfil dela e satisfazer a sua angústia. Esse impulso de hacker, somado à habilidade com as ferramentas tecnológicas e à falta de habilidade nas relações, termina por afastá-lo da namorada.

Também gostei da representação da passagem do tempo e do modo como a narrativa fluiu após o episódio, explicitando de forma bastante simples na tela o que ocorria no plano das vidas dos jovens.

Ao final, o que mais me impactou, no contexto dessa nova estética, foi a forma como nos conectamos - e principalmente - nos desconectamos - de pessoas, de amigos, de relacionamentos: apenas um clique de mouse, ou apenas toque na tecla delete pode por fim a uma parte de nossas vidas. Enfim, a mesma tecnologia que aproxima, também pode afastar.

Acabei lembrando que o tema é recorrente na literatura e associei as fotos e as curtidas no perfil do facebook da personagem Amy ao lenço de Desdêmona, do Otelo de Shakespeare, que com o tempero da desconfiança/insegurança/imaginação, traz resultado também desastroso.

 

 

4ª atividade do Diário

 

Comentários sobre o Video "We all want to be young" 

 

O Video tem a duração de 9 min e 46 s, trata-se de um documentário compacto sobre gerações do final do século XX e início do século XXI, de 2010.

Considero bastante difícil que alguém consiga se deter e analisar a si mesmo, sua própria geração, seu contexto histórico-social. Quando somos contemporâneos a um movimento, um evento, um conjunto de acontecimentos, não é possível perceber completamente seus reflexos: causas e consequências. Em razão disso, em diversos momentos do documentário, consegui me situar e me inserir na geração, visualizando o ponto de vista da análise, em outros - como no mais recente - não foi tão fácil.

O filme coloca em evidência o fato de que o ideal a ser seguido - e perseguido - é o da juventude. Todos queremos desesperadamente todas as qualidades atribuídas aos jovens: sensualidade, vigor, saúde, desprendimento, descompromisso, liberdade, etc. Desta forma, baseados no fato de que os jovens representam novas linguagens e comportamentos e que estão no topo do que chamam de "pirâmide de influências", sendo o alvo principal dos produtos de consumo.

O video fala especificamente de 3 gerações: da do pós-guerra - os Baby Boomers (anos 40-50) e dá o título de "Juventude Libertária", a Geração "X" (anos 60-70), a "Juventude Competitiva" e a dos jovens atuais, chamada de "Y" ou Millenium, a "Juventude Global". O video destaca que essa geração agora conquistou o mundo e ressalta que a geração dos jovens de agora é a que possui maior poder aquisitivo, em comparação com seus pais e/ou avós.

 

A partir desse momento do documentário, a análise se aprofunda nas causas dessas conexões e influências globalizadas, com padrões de comportamento, de estética e de consumo e traz a informação da amplificação da divulgação ampla de conteúdo pessoal via internet. 

Esse é o dado mais contundente do documentário, o fato de toda essa rede de informações e de possibilidades vir a ser a causa de uma juventude com ansiedade crônica. 

Nisso é que penso que nós, como professorxs/educadorxs de arte, poderemos tentar incidir, no sentido de acompanhar, interagir e auxiliar a selecionar os filtros necessários para uma saudável convivência com o conteúdo e as pessoas disponíveis na web.

Obviamente essa não é uma tarefa fácil e, dado o momento pelo qual passamos, do distanciamento da linguagem da escola tradicional da linguagem da web e das redes sociais, objeto de interesse dos jovens, desde a infância. O próprio video evidencia que hoje é "cool" começar uma coisa e terminar em outra, passando por várias outras no caminho, uma vez que se pode acompanhar e prestar a atenção em uma multiplicidade de coisas, concomitantemente e em tempo real.

 

Sobre os canais do You Tube que assistimos em aula (Player Barbie e outros, produzidos por e para adolescentes), eu queria deixar aqui a minha opinião, que é bem ambivalente quando a questão é tecnologia.

Penso que é fantástico que jovens mal saídos da infância tenham talento/empenho/tecnologia e acesso ilimitado para produzir um material visual de tão alta qualidade como os que conferimos em aula. Também penso que essa linguagem está cada vez mais presente no dia a dia dos jovens, tornando-se imprescindível o conhecimento e domínio pelxs arteducadorxs.

De outro lado, não acho que seja assim tão bom que meninxs dediquem tanto de seu tempo  (tão fugidio, tão fugaz)  a esse trabalho - remunerado ou não, sem priorizar, quem sabe, mais contato interpessoal e de amizades/relacionamentos mais profundas, com seus altos e baixos, com todo o conteúdo das relações e o amadurecimento que essa vivência pode gerar. 

6ª atividade do Diário

 

AVATAR ARTEDUCADORA

 

O link ao lado abre o diálogo entre o Gato (Mestre Gato) e Alice, extraído do desenho animado da Disney "Alice no País das Maravilhas" (Alice in Wonderland - 1951).

 

Escolhi o personagem do Gato de Alice (Cheshire Cat) em razão de ser uma figura alegre, descolada, que diverte e ao mesmo tempo confunde.

Ele pode agradar ou desagradar, pode esclarecer ou confundir.

Aparece e desaparece diante dos olhos, sem mais delongas.

 

Achei importante que uma das qualidades da ARTEDUCADORA

fosse não ter medo do ridículo, nao ter medo de parecer hilária.

 

Pelo contrário, no meu entender, deve buscar encontrar e estimular

nxs alunxs os seus processos criativos.

Para que isso seja possível e que essa relação se estabeleça,

reforcei na apresentação do Avatar em sala de aula a importância

dessa conexão Arteducadora e alunxs: em alguns momentos

conseguimos nos comunicar com xs alunxs e, em outros, não. 

 

 

Penso que o diálogo do Mestre Gato com a menina Alice ilustra bem essa minha ideia da Arteducadora.

 

Quer saber o caminho? Se não se sabe aonde quer ir, não faz diferença o caminho...

E, acima de tudo, não há como se afastar de "gente maluca"...  Seria como se afastar da própria Arte.

 

Devemos estar preparadas para lidar com o fato de que o ARTEDUCADOR possui uma aula (aproximadamente 50 minutos) semanais com a turma e seu aprofundamento será, na maioria das vezes, quase nenhum.

Ele terá de fazer escolhas sobre abordagem, sobre técnicas de arte, sobre entrar - ou não - na História da Arte e nas suas repercussões no mundo contemporâneo dx alunx, etc.

Meu Avatar Arteducador percebe as sutilezas desse momento e coloca o bom-humor e o sorriso largo em primeiro plano, buscando facilitar essa conexão e a melhor maneira de explorar esse contato e aprendizado com xs alunxs.

Meu corpo midiático ideal seria aquele em que, além da possibilidade mágica de aparecer e de desaparecer, tivesse a chance de acesso ininterrupto à tecnologia, com capacidade e possibilidade de exploração dos espaços e de imagens/audios/filmes na web que contenham arte e poder trabalhar com xs alunxs, quase como "curadora" na web, recebendo e trocando informação.

 

 

 

5ª atividade do Diário

 

CORPO - BODY Bernadette Wergestein

 

O link ao lado abre a Apresentação elaborada para ilustrar o texto acima citado, na disciplina Laboratório Arte EDU II, no mês de outubro/2014.

 

- "Nenhum pensamento, produção cultural ou atividade humana pode ter lugar sem o recurso do corpo."

- Corpo não é apenas suporte passivo - mídia indispensável

- Desde a pré-história o corpo tem sido objeto de interesse estético

- Experiência de corporeidade pode ser alterada e reforçada através de: próteses, implantes e outros aparelhos técnicos - extensão do corpo e ao mesmo tempo -> amputação

- Tensão entre corpo objeto - corpo agente da experiência - inerente à vida humana

- Percepção do corpo se altera ao longo da História

- Arte da cura através das culturas - práticas medicinais

- Medicina Oriente x Ocidente em relação ao corpo

- Corpo mídia expressiva

- Matéria a ser moldada (fitness)

- Autopercepção - experiência através da própria pele - corpo seleciona imagens (Bergson)

- Vestuário - extensão da pele (McLuhan)

- Corpo mídia primordial - mediador da vida - centro do palco

 

7ª atividade do Diário

 

Curando na WEB - Steve Dietz

 

- Intersecção entre Museus e a Web nas Artes

- Visitas virtuais - exposições ampliadas, acervo online

- Acervo online - diferente da de substituir exposições

- Interface imersiva - neessidade em relação ao público jovem de interatividad (não apenas ver as obras, mas agir de acordo com sua vontade, controlando a visita)

- Exposição estendida - reformatada - ainda mais ampla, com recursos não disponivel na exposição física

- Exposições criadas para serem online

- Curador - filtro - papel de identificar, contextualizar e apresentar algo para atrair o visitante (em vez de apenas listar conteúdo)

- Não apenas listar ciberespaços para arte

- Mapas e ensaios online direcionando direto através do link

- Pouca comprensão nos Museus sobre arte p/web

- Galerias de e-comércio

 

8ª atividade do Diário

 

ARTE - Johanna Drucker  (imagem da obra Bubbles - Sir John Everett Millais, 1886, Óleo s/ tela)

 

A arte é um conceito notadamente difícil de definir.

 

A autora traz reflexões acerca da atividade artística contemporânea. Se, antigamente se reconhecia uma obra de arte pelos materiais utilizados, ou pela técnica empregada, hoje não há mais essa divisão entre obras que aparecem nas mídias populares e as da grande arte.

Afirma que as noções clássicas de beleza, harmonia e proporção já não são mais requisitos para que uma obra seja considerada arte.

Mesmo nas temáticas (aspiração a elevação) a arte apresenta diferenças.

Ainda assim, afirma que a arte permanece sendo a “produção de objetos raros”.

 

- Idade Média - não havia distinção entre as artes que compunham uma construção de uma igreja – todas eram consideradas artísticas.

- Renascimento ganhou força a ideia do artista (gênio e pensador original – G. Vasari) e da arte mais elevada, a qual partia de um gênio alienado, virtuoso.

- Arte após Revolução Industrial – arte aurática c/ missão salvadora, pois a humanidade estava guiada pela máquina.

- Mídia artística x produção de massa – a partir da imprensa e de objetos impressos corriqueiros como passagens de trem, menus, tickets de teatro, etc.
- Pressão por definir que a larga não pudesse ser reproduzida em larga escala – caso do pintor britânico John Everett Millais – “humilhar o caráter sagrado da arte” (figura reproduzida ao lado)

- Relações de arte e comércio – associadas aos meios de comunicação e de reprodução
- Arte para transformação social – conter o avanço das desigualdades do capitalismo e da industrialização
- Movimento Arts and Crafts – (a despeito deles) a arte conciliada com a indústria -- distinção entre grandes artes e artes aplicadas
- Cartazes comerciais/entretenimento (cabarés) nos espaços públicos
- Década de 1890 – Arte pela Arte – apenas estética (Oscar Wilde)
- Materialidade da arte (Bell)

- Picasso e a colagem “Natureza morta com cadeira de corda”, 1913 – distinção x representação (cordas verdadeiras)
- Walter Benjamin – 1930 obras serão produzidas em série p/ público mais amplo – democratização

- Dadaístas – Marcel Duchamp e “A Fonte”

- Arte conceitual – alto grau de abstração – até com eliminação completa da visualidade (1958 – exposição de Yves Klein – “Vazio”)

- Piero Mazoni – Merde d’artiste – 1961 (também li que expôs ovos cozidos com impressões digitais e a que a exposição poderia ser comida)

- Andy Warhol – Serigrafia e imagens e técnicas p/ cartazes e placas (estúdio chamado Fábrica);
- Pop Art, Construtivismo e Minimalismo – retorno das imagens representacionais e valoração das obras

- Atualmente,  obras de arte e produtos manufaturados se distinguem pelo seu local de exibição e não mais em razão do material, mídia ou aparência.

- Artes digitais – interatividade, reprodução e modificação, programação, disponível para compartilhamento

- 2002 – Janet Zweig – Medium – tela entre os participantes de uma conversa

- Prática da arte independe de objetos e coisas (ideias ou práticas)

- Arte – meio de prestar a atenção

 

 

9ª atividade do Diário

 

Reflexão: A obsolescência da educação - Manuel Castells 

– Fragmento de entrevista    https://www.youtube.com/watch?v=eb0cNrE3I5g

 

 

O fragmento da entrevista com o sociólogo tem não mais de 4 minutos e propõe uma das reflexões mais sérias

(talvez insolúveis) que se pode ter sobre as relações existentes no sistema escolar, verticalmente entre alunxs e professorxs, entre educadorxs  e educadxs, entre os próprios alunxs – lateralmente,  entre comunidade escolar e escola, entre alunxs e comunidade, entre mercado de trabalho e alunxs, etc., na atualidade.

 

Castells põe a nu o fato de a escola ser o local em que a aprendizagem vem permeada com a transmissão

dos valores dominantes e com os ensinamentos de como seguir e obedecer as regras, como manter a submissão dxs alunxs.

Ele evoca o fato de que, segundo estudo publicado na Revista Science," 97% da informação do planeta está digitalizada e que 80% desse conteúdo está na web". Dessa forma, a informação está disponível tanto para professorxs

como para alunxs e que a função da escola estaria no empoderamento intelectual,

de dar critérios próprios de pesquisa e de acesso para que xs alunxs busquem conteúdo,

sem a submissão tradicional ao professor que detém o conhecimento. (grifos meus)

 

Eu pergunto: seria esse fato uma necessidade?  Eu questiono se a organização da sociedade,

tal como a conhecemos, não impõe essa submissão a fim de manter a pedagogia da transmissão da informação e a manutenção do status quo?

 

Quando Castells fala de forma tão singela na entrevista que "não há a proibição do uso de computadores e da conexão à rede web nas aulas em que ministra" (esse termo é dose...) e que esse fato o submete a “desafios constantes”,

como nós, ARTEDUCADORXS, nos sentimos?

  1. Perplexos – como pode um sociólogo propor o fim da escola?

  2. Soprepujados – porque os alunos sequer erguerão os olhos quando eu entrar/sair da sala?

  3. Serenos – porque lidar com os desafios será uma constante no meu dia a dia de ARTEDUCADORXS?

  4. Humilhados/Apavorados - porque não terei chance de ser ouvido pela turma em sala de aula?

  5. Todas as alternativas acima e muitas outras!

 

Brincadeiras à parte, penso que Castells levanta uma questão que não tem sido enfrentada desde as escolas

dos Mosteiros da Idade Média, que é a elevação do professor à “cátedra” e o rebaixamento dx alunx à submissão

de quem não domina o conhecimento e que, portanto, se submete "ao que for necessário" até atingir

o mesmo grau de conhecimento.

Não penso que essa reflexão se detenha nos muros da escola, pois o empoderamento dos sujeitos e possibilidade de acessar o mundo a partir de critérios próprios também mudaria as relações de poder e do mercado, atingindo nas bases os modos de produção do mundo capitalista.

 

10ª atividade do Diário

 

Reflexão sobre os textos: 

 

Catadores da Cultura Visual - Fernando Hernández 

Reinvenções da Resistência Juvenil - João Freire Filho

 

Para uma nova narrativa educacional

- “Mover as cadeiras”

- Elenca pressupostos atuais: alunos em grupos por idade; um professor de cada vez; livros-texto como fonte prioritária; sala fechada para controlar a turma; provas para verificar aprendizado; divisão por discplinas – fragmentação; horários divididos; repetição/exercícios; alunxs indolentes; professores vítimas; famílias não se responsabilizam pela educação dos filhos; escola preparar p/amanhã; função de converter inddivíduos em alunxs;

Problematizando acerca do sistema escolar, Hernandez propõe abordagens novas com xs alunxs, a partir do dia a dia, como quem “cata” coisas.

Metáfora de “catar” - Impressionistas – subvertendo a ordem do capitalismo

 

Freire Filho fala sobre os movimentos de resistência juvenil – como contraposição

- “subculturas” que surgem entre os jovens trabalhadores, analisam os grupos e suas representações que refletem movimentos e ideias de resistência crítica de como lidar e resistir à classe dominante

- Mods, Skinheads, Rastafáris, Rockers, etc como bloco social solidamente integrado

- Divertir-se é estar de acordo – Adorno e Horkheimer, 1947

- Desestilização – cobertura parcial da mídia

- Capital subcultural

- Reapropriação

- Movimento punk

- direita despacha para a esquerda tudo o que é abstrato, enfadonho, político e guarda para si o prazer

- Ravers, ecoguerreiros

- Dificuldades materiais, humilhações simbólicas

- Falta de oportunidades econômicas ou de mobilidade social

- banalidade da vida cotidiana e das expressões mainstream

 

 

 

11ª atividade do Diário

 

Reflexão sobre Web-art 

Gilberto Prado

 

Trata-se de um artista supreendente, que aproxima a arte e a mídia, proporcionando o prazer ao público de estar dentro de sua obra.

Desde a primeira vez que ouvi falar do trabalho dele, achei excitante participar do ambiente, no caso o "Desertesejo". Isso, associado ao fato de que poderá haver outras pessoas - reais (e não personagens hehehe) na mesma viagem, achei realmente criativo.

O recurso da tecnologia (de muito trabalho) aliado ao design e à ambientação torna o local visitado fascinante. Na minha opinião, uma das coisas que têm ainda mais valor é o fato de que estarei participando de um ambiente virtual repleto de paisagens, vento, areia e até de outros pessoas, tão "reais" quanto eu, sem ter de atirar, golpear ou matar nenhum dos demais participantes. Genial, na minha opinião.

 

Para esclarecer um pouco mais acerca do link ao lado e da obra da qual eu estou tecendo os comentários, segue link aí abaixo:

 

 

Texto extraído do site: Vimeo

 

Desertesejo é um projeto artístico de Gilbertto Prado desenvolvido no Programa Rumos Novas Mídias do Itaú Cultural, São Paulo, Brasil, em 2000. O projeto é um ambiente virtual interativo multiusuário construído em VRML que permite a presença simultânea de até 50 participantes. Desertesejo explora poeticamente a extensão geográfica, rupturas temporais, a solidão, a reinvenção constante e a proliferação de pontos de encontro e partilha.

Esse trabalho foi apresentado em diversas exposições como: AAA: Archiving as Art/ISEA- Centre Saint Charles, Universidade de Paris 1, França, 2000; Medi@terra 2000 - International Art and Technology Festival, Atenas, Grécia; Mostra de Arte Eletrônica da 13Th SIBGRAPI, 2000 – Simpósio Brasileiro de Computação Gráfica e Processamento de Imagem, Gramado, RS; Link_Age - Muestra internacional de arte participativo, Gijon/Barcelona, Espanha, abril de 2001; 9º Prix Möbius International des Multimédias (Prêmio Menção Especial) –Pequim, China, 2001; XXV Bienal de São Paulo (Net Arte), 2002; “>=4D”, CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília (2004);15˚ Videobrasil, SESC Pompéia, São Paulo, 2005.

 

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